Vista do Cristo (Rio de Janeiro)

Vista do Cristo (Rio de Janeiro)

sábado, 19 de dezembro de 2009

DO MILAGRE MAIOR...

(Nascimento - Templo da Sagrada Família - Barcelona)


A noite não sei como era...
Sei que se rompeu o silêncio, a luz se fez, a vida aconteceu.
Do tempo infinito, o limitado tempo.
Que reescrevia Deus na linguagem homem.
O Verbo feito carne e feito imagem.
Não sei...
Testemunho, resposta, seja o que for...
Um perdão de eterno cumprindo
Insondável desígnio de transitoriedade.
Deus se dividindo em cada um de nós,
Em cada um de nós, inteiro.
E sua Mãe nos deu...
Como o melhor presente de Natal...
E o NATAL foi e será... para sempre.


Mer, sf
(desde Itália)

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O filme da sua vida



O filme deste ano já está por encerrar. E como todo fim de filme já nos causa certo frenesi. Como acabará? Valeu a pena ter “assistido”? Será que ao ler the end e o deslizar de letrinhas poderemos nos orgulhar de haver feito parte desta história? Estas e muitas outras perguntas povoam o nosso pensamento. Mais do que julgar se o filme foi bom ou regular. É necessário nos questionarmos sobre o quanto fomos protagonista e expectadores desta história chamada 2009. Com certeza tendemos a compará-lo com outros longas-metragens de grande sucesso ou de pouca bilheteria. Afinal, qual foi o nosso papel? Mocinho(a) ou bandido(a)? O de mero coadjuvante, ou pior, de figurante: mudos, sem texto, com uma breve aparição sem muito chamar a atenção. E quanto ao próximo filme, como será? Seja qual for o título do próximo. Lembrem-se todos nós podemos ser protagonistas. Estrela não. Já que somente há uma, que embora não percebida no decorrer da trama, uma vez que estamos distraídos com o desenrolar do roteiro, todos os anos desponta projetando-se de maneira tão radiante que reis e reles mortais se curvam extasiados com o Rei do cinema da vida. No filme da nossa vida podemos até ter longos textos, contextos, aparecer em várias cenas. Porém, só seremos realmente protagonistas, ao reconhecer e valorizar a Luz que projeta o filme. Sem Ela o filme não roda, só há escuridão e confusão de papéis.
Um bom final de filme para você!



Edvanio, sf

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Transformação...

"Quando já não somos capazes de transformar uma situação, nos encontramos diante do desafio de transformar a nós mesmos".
Víctor Frankl

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Monte Santo

Ó Monte Santo de Deus.
Lá onde somos teus:
Romeiros e peregrinos,
galgando o céu.
Desacampai-nos!
Edvanio, sf

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Espetáculo


Na sociedade do espetáculo, o homem perde a capacidade de perceber, no simples da vida, a grandeza do Criador.


Edvanio, sf

domingo, 25 de outubro de 2009

EIS MEUS "PINGOS DE FERTILIDADE"..."PENSANDO EM MIM"!



Nao sei se é verdade...Mas o que importa?
Levo nos meus olhos uma fogueira de séculos...
Latidos selvagens no meu sangue...
Gritos de paz na ganganta
E uma marca de fogo...
Na minha vida arde...
MER

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Tributo cômodo

Minha cômoda
tranquilamente acomoda:
Relógio, água e móbil.
É tão cômodo!
Acordar e ter ao lado
sem se incomodar,
relógio, água e móbil.
Registro estas linhas
àquela que jamais se incomoda,
Inclusive quando além
de relógio, água e móbil
ponho meu caderno.
Edvanio, sf

sábado, 19 de setembro de 2009

Dor

As dores são sempre iguais,
doem.
Edvanio, sf

sábado, 12 de setembro de 2009

Manyanet

Por trás da mensagem (prof)ética de Manyanet,
está a (v)ida em Nazaré.
Edvanio, sf

terça-feira, 8 de setembro de 2009

As gerações


Sentado na poltrona
viajou para lá:
mala, lama, mata.
Mosquitos de cá para lá.
Esse bicho nunca vi.
Coisas que agora vejo,
as vi na tv,
de perto até parece real.
Aos poucos carvão vira reais.
Na árvore em que subi,
meu filho viu cair,
netos e bisnetos
talvez rirão de mim.
Bicho estranho árvore,
prefiro elevador.
Edvanio, sf.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Vento

Feche a janela.
Vento aqui não entra.
Falou a voz do tempo.
Acho que vai chover.
Nem que seja pensamento.
Edvanio, sf

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Sono

O sono me acordou,
sentei na cama,
tirei o pijama
e fui dormir.
Edvanio, sf

Sueño

El sueño me despertó,
senté en la cama,
saqué el pijama,
y fui a dormir.
Edvanio, sf

Almohadas

Las almohadas esconden secretos
que jamás pueden contar.

Edvanio, sf.

Travesseiros

Os travesseiros escondem segredos
que jamais podem contar.
Edvanio,sf.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Fechamento

Centopéia, e teus pés?
Já não caminhas?
No chão estás como bolinha.
"Que gracinha!" disse a menina,
cutucando-a com a varinha.
Edvanio, sf

sábado, 18 de julho de 2009

O que nos faz humanos: sob o olhar de um aluno de Psicologia

Essa semana vou postar um e-mail que troquei com o Edvanio (com autorização obviamente), estudante de psicologia sobre o fechamento brilhante para nossas exaustivas discussões sobre sentimento, emoçõe... (Marta Fischer em Etologia no dia-a-dia)

quarta-feira, 15 de julho de 2009

A caneta

A caneta com que escrevo
tem um pouco de receio.
Desliza devagar,
mansamente.
Aos poucos,
toma conta do papel.
Adora fazer curvas e silhuetas.
Desenhar, não.
Edvanio, sf

terça-feira, 14 de julho de 2009

Canto de galo

Gosto de canto
Canto de galo
No meu canto
Não o santo
O de casa não faz milagre
Milagre é não cantar
Só canto de galo
Edvanio, sf

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Os velhinhos que falam tanto


Nascemos perdendo. Pelo menos é assim que prega a ideologia da “eterna juventude”. Para estes, nascer é morrer. A cada ano um ponto perdido. (Será que é por isso que as mulheres escondem o jogo?) No meu entender, se cada ano fosse encarado como conquista de um novo troféu. A situação seria bem diferente! Definitivamente, não haveria velhice. Para este pensamento, viver é vencer, não importa se em 1º ou em 3º. Neste esporte vital, os “velhinhos” que conheço são campeões. Muito cansados de subir ao pódio. São tantas emoções!!! Afinal, as medalhas já nem cabem no peito (por isso eles falam tanto!?!). Haja coração e muita oração. Oxalá, um dia sejamos hipercampeões, fazendo jus a cada vitória, Àquele que nos fortalece nas olimpíadas de cada ano.
Edvanio, sf

quarta-feira, 8 de julho de 2009

No dia em que fez trinta

No dia em que fez trinta.
Não soube precisar
Recebeu poucas ou muitas visitas.
O telefone tocou uma ou cinquenta vezes.
A caixa de torpedos recebeu ou não mensagens.
Quantas correspondências haviam sido deixadas pelo carteiro.
No correio eletrônico havia ou não novos e-mails
e, havendo, eram ou não spams e meras correntes.
Presentes, haveria recebido.
Afinal, o dia estava ou não para sol.
Os termômetros marcavam tempo ameno ou frio intenso.
O trânsito fluía ou estava engarrafado.
A criança riu ou sorriu quando o viu.
No dia em que fez trinta
O filme da sua vida rolou numa grande tela:
“A vida é aquilo que você faz dela”.
Edvanio, sf

sábado, 20 de junho de 2009

Formigas e cigarras


Formigas são formidáveis
não sei se por pessimismo ou ambição
trabalham como cão.
Deus me livre ser formiga,
da forma como levam a vida
prefiro ser cigarra.
Cantar vida afora
na esperança que invernos
não haverão, só verão.
Na primavera encontrei a cigarra
triste sem razão.
É que a garra da cigarra
não é nada sem a amizade da formiga.
Edvanio, sf

sábado, 6 de junho de 2009

Se pelo menos disso eles lembrassem...


Por mais que que repetisse,
‘deixe de ser tolo, para de choro’
algo interior, repetia,
‘será um lindo dia’.
E, amanhecia,
não consternado, ilusionado.
‘Eles vão lembrar!’
e pelo menos um abraço,
se não de aço, de agrado.

Ás vezes esqueçe que não mereçe.
afinal, amizade não tem preço.
Pelo coleguismo, paga caro.
Nem um ‘bom dia’,
muito menos ‘um tô indo ali’.

Acorda Guri,
para de fingir,
atuar, rir.
Ah, insensibilidade,
o que tu ganhas tal frieza?
A vida é dura,
mas, clama por brandura.
Se pelo menos disso eles lembrassem...
Edvanio, sf

quarta-feira, 20 de maio de 2009

O tempo

O ano, dois mil e nove, recém começou e já nos preparamos para parte do seu desfecho. A impressão que compartilhamos é a de que o tempo tem passado muito mais rápido. Uma das razões talvez esteja no fato de estarmos tão compenetrados ou distraídos que não vemos o tempo passar. Em tempos de pós-modernidade o tempo urge, se esvai, escapa por entre os dedos. A vida comunitária não escapa deste contexto e, nem deve estar alheia a estas mudanças. O que se deve evitar, é que ela se dilua, ao ponto de não poder ser apalpada com as próprias mãos, de tão líquida ou gaseificada. A resposta para tal desafio está em Nazaré: na vida simples de Jesus, Maria e José. No assumir a missão diária com a solidez da pedra e a fluidez dos gases. Como bem se espelhou São José Manyanet. O texto que a ti chega, sonha com um tempo. Não deste que se dissolve. Mas daquele que fica. A vivência de FILHOS é indelével. Já que sempre fica um pouco de perfume, mesmo em mãos distraídas, daqueles filhos que sabem ser generosos.
Edvanio, sf

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Felinacidade

Organizar-se é arte.

Artista. Não sou.

Sou qualquer coisa.

No meio do emaranhado,

distraio-me.

Arte é coisa de gato,

não tem idade.

“Felinacidade”

Às vezes bem que gostaria.

Ser gato de botas.

Edvanio, sf

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Cumplicidade

Fechaduras
são
cúmplices,
portas
não.

Edvanio, sf

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Escravidão


Na noite negra e fria;
Uma luz resplandecia.
Era Luzia que ao nascer,
morria.

Edvanio, sf

sexta-feira, 27 de março de 2009

Porta-retratos

Os porta-retratos que hoje trago,
servem como vasos.
neles ponho meu humor,
quem sou, por onde vou.
Fotos de ontem no meu hoje
escolhidas a dedo,
para serem guarda-pó
ou para me sentir menos pó.
As fotos que tenho aprisionadas
por egoísmo, sorriem para mim,
desde o vidro transparente de cristal.
O que agora retrato,
nada mais é do que
uma foto de mim.
Ao portar retratos,
nem sei mais o que faço.
Edvanio, sf

Gritou?


Fantasma? Se houver o grito,
Alerta e desperta, assusta.
A liberdade vira um mito,
por sobreviver, luta.
Fome, miséria, desespero?
Desvia-se o olhar, não interessa.
O homem vira caniço,
dignidade consome depressa.
Ninguém mais ouve!
O grito se torna inútil,
O jeito é calar e sofrer.
Vale mais a máquina útil.
José Elinei

sexta-feira, 20 de março de 2009

E foge!

Na incessante busca, foge!
Não importa o encontro.
Somente na luta
O que vale, encontra.
Desaparece, vem, ilumina.
O que sacia, revela e foge,
Encanta com resquicios,
Mas se lança no escuro.
Obscuro,
Cai monótono.
O que vale é a busca,
mesmo que somente foge.
José Elinei

Uma tenda no deserto


Todo começo de ano implica necessariamente um re-começo. Melhor dizendo: Nossa vida é feita de “re-começos”. Assim como o sol nasce e se põe e não perde o brilho, do mesmo modo o homem, está sempre em processo de re-flexão, re-elaboração, re-construção e re-ssurreição. Isso, no entanto, não nos torna repetidores e nem menos criativos. Pelo contrário, nos faz sábios e respeitadores. Já que, uma vez munidos da experiência, saberemos atuar com maior prudência e moderação. E, além disso, estaremos respeitando tudo o que já foi vivido, aceitando sem negá-lo. Afinal, o passado é um grande mestre. Concretamente, em 2009, não só re-começamos a rotina, mas toda uma com-vivência. Não significando - como já afirmava - que a caminhada anterior tenha sido negativa. E, sim porque temos que peregrinar rumo a outros ares, como nossos Pais, antes de viverem em Nazaré. Pois, a vida religiosa é uma tenda acampada no deserto e, de tempo em tempo, temos que desmontá-la para tornar a montar, com a alegria do primeiro acampamento e a sabedoria de todos os re-começos.
Edvanio, sf

terça-feira, 17 de março de 2009

Dormir para a vida?
Dormir na vida?
Frieza e descanso?
Acalentar e sonhar?
Tudo pode fazer parte para poder acordar...

( José Elinei - Em resposta ao "dia em que esqueceu de dormir")

Chaves

Quando percebeu estava fechado.
Chaves já não tinha.
como aves,
soltas batem asas.
Partem todo o tempo.
E assim passa a vida:
fechando cadeados dentro de si.
(Para MF)
Edvanio, sf

domingo, 15 de março de 2009

Açucareiro


Debaixo tudo é alto,
intimida e agride.
Para a formiga, não
erva é arbusto.
Sempre levo susto,
não é fácil ver debaixo.
Pedregulho vira muro,
deixe-me passar.
Queria ser uma ponte,
Rio-Niterói, nada mal.
para cada coisa,
uma pitada de sal
e a pressão sobe.
Doce só abaixa.
As formigas sim,
mesmo do alto,
adoram os cubinhos de açúcar.
Edvanio, sf

sábado, 14 de março de 2009

No dia em que esqueceu de dormir.

No dia em que esqueceu de dormir.
O sol foi e voltou.
Os galos embora afinados foram olvidados.
O orvalho se desfazia em profusão de alegria.
O jornal, a pouco, havia sido arremessado.
O antigo relógio, embora cansado, não parou de badalar.
Os cachorros após o expediente ansiosos esperavam o pagamento chegar.
A luz do quarto manteve-se aquecida,
enquanto suas vizinhas e amigas friamente descansavam.
O telefone mesmo implorando não seria atendido.
A cama incomodada estava constantemente a lastimar.
O cobertor, no entanto, não deixou de acalentar.
Naquela casa, sonos não existiram.
SonhoAlinhar à direitas quiças.
Na noite em que não dormiu,
viu a vida passar.
Edvanio, sf

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Bahia

Mar de mim,
cerca de ti,
um sem fim
de emoções.
Edvanio, sf

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

De vagar

As terras que hoje piso,
jamais tinha visto.
Visto como qualquer.
Os pés que conheço, desconheço.
Piso diferente.
Devagar e sempre.
Pernas para que te quero.
Quero mesmo é voar
Não tenho pretensão de asas.
Anjos não sentem.
Sentei aqui e vi os pés menear.
Sentar é cômodo.
Andar mesmo com dor.
Se um dia parar,
que seja rebocado,
por um bocado de anjos.
(Em JF -MG)
Edvanio, sf.

sábado, 3 de janeiro de 2009

TV

Na televisão de mim,
falta o controle.

Edvanio, sf