Vista do Cristo (Rio de Janeiro)

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terça-feira, 23 de setembro de 2008

"Flores de plástico não morrem"


A primavera chegou, e com ela, as flores que, discretamente, estavam lá, adormecidas e ansiosas por despertar, tanto nos mais ávidos como nos mais distraídos, sementes de esperança e de paz que se encontram inertes no coração do homem, as quais, mesmo depois de longos períodos de intensa secura, teimam em florescer. E, é florescendo que nós como criaturas, paulatinamente, seremos mais humanos, alegrando e exalando o mais elevado olor, produzindo pequenos frutos de inestimável valor. Com a confiança de que, por mais que as flores sejam efêmeras, já que só “as de plástico é que não morrem”. Ter a certeza de que o esforço da flor não foi em vão, deu fruto, gerou vida e vida em abundância, mesmo na minúscula semente há um grande potencial, sobretudo se plantada e regada à luz da Palavra. Neste clima de alegria - magia e poesia - chego a ti, caro leitor, na esperança de fazer-te presente e ciente do meu “universo interior”.


Edvanio, sf.
(Escrito na primavera de 2007)

domingo, 14 de setembro de 2008

Sobre a arte de engavetar


Gavetas. Põe-se de tudo neste lugar. Fácil de guardar, pode até acumular! Engavetamos papéis e mais papéis, suvenires, quinquilharias e outras bugigangas. Um sem fim de coisas, muitas vãs. Quiçá nunca precisarás. Mas, por se acaso, melhor guardar. Isto e aquilo. Igual coração de mãe, sempre cabe mais um. Venha e, lá estamos a engavetar coisinhas, lembrançinhas e outros diminutivos que não merecem mencionar. Desta arte creio que todos irão provar. Tudo isto para quê? Para que num belo dia de faxina ou de pura revolta (leitor: o belo é maneira de dizer). Ponhamos tudo para fora. Haja lixeira! Coisas que nem a mão esquerda sabia. Existem tranqueiras que custam sair. Jogo ou não jogo: Eis a questão. O bom dessa brincadeira – esvaziar gaveta/encher sarjetas, é que no vai-e-vem de coisas, sempre encontras: fotografias, carta de amigos, aquele livro, sentimentos perdidos, aquele pedido; tudo faz sentido. Há gavetas que adoramos abrir; outras só em alguns momentos; além daquelas que nem sabemos onde a chave está. Estas, em geral, nem fazemos questão de abrir. Quantas gavetas tu tens? Estão cheias? Ou és do tipo que guarda pouca coisa? Seja como for suas gavetas, só não te encerres. Pois, vai que numa noite de incompreensão, acordes na lixeira.
Edvanio, sf.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

“Independência ou morte!”


Independência,
porque não vens,
e nos tira desta pendência?
Que tanto nos penhora,
e nos faz subservientes,
sem lentes.
Se não vens,
então que venha a morte
ainda que não conforte:
Este coração dependente.
Edvanio, sf.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Lua

Ver a lua na rua,
só para quem vive
no mundo da lua.
Edvanio, sf.