Vista do Cristo (Rio de Janeiro)

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sábado, 12 de abril de 2008

Que fofinha aquela galinha!


O silêncio já não é como dantes, está doente. Silenciar tornou-se basicamente não bater de frente. Como bem diz a sentença: “Quem cala, consente”. Dá corda ao intransigente. Passa a ser como sempre, como toda a gente, por temer ser insurgente e cair do batente. De repente, aquele que consente, passa a ser também conivente. Aí, já não se sente, nem mesmo dor de dente. Nem invente. Quem surgir, insurgir, se arrepende - o repreendem: Não seja demente, se contente, nem que para isso tenha que fugir do continente. Seja continente, ou deixe a gente, urgentemente seu insolente. O silêncio por incrível que pareça causa espanto, vem em bando e nos assalta, afinal, ele está em alta. Êpa! Melhor usar outra palavra, pois vai que algum investidor resolve dá um lance. Em alta?!? (resmunga alguém pesaroso) Impossível. Estamos na era do ruído, dos ouvidos plugados. Como estou conectado aos meus decibéis. Não vejo víeis, não ouço, não falo, entalo, fica no gargalho. E quem fala, cai do galho, sai pelo ralo. Deixa de ser galo. Melhor ser galinha, muita comidinha. Que fofinha aquela galinha! Asas para que te quero? Tenho muito farelo! O silêncio, infelizmente nos tem deixado amarelos.
Edvanio, sf.

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